segunda-feira, 30 de março de 2009

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O fogo desafia a gravidade
a modernidade é uma chama que se apagou
a pólvora queimou o verso queimou
A mão enferrujada mecânica e torta
atravessa o espaço róseo da manhã no céu
a belicidade atingiu o opúsculo
o crepúsculo atrás dos prédios incendiados
atrás das páginas riscadas versos riscados
vamos para as cinzas e de lá nada lembrará




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Dos Becos

Fria a noite invade meu ser
entretanto não desejo ver o dia
que a noite é onde não estou

lá estou aonde nunca vou
respiro sinto o tempo passar
o Sol virá confundindo a noite
da minha solidão de estranhos ruídos loucos

vou ver o dia nascer
o rio correr a noite voltar
o navio assombrado da alma
a nadar no deserto deixa o meu barco passar
o rio de areia cortar onde vou navegar
deixa o babado rolar.