terça-feira, 22 de julho de 2008

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A TERRA ESTÁ PARADA E O INFINITO É QUE SE MOVE...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Persignar-se


Sou da maçada sacada calada
Sou dos versos ocultos, sou nada
A boca do beijo estalado
E o toque do corpo silenciado.

Sou fado fadado a morrer emudecido
No toque do corpo não esquecido
Vivido na ideia de haver mundos afins
De haver boca na boca, florins.

De haver "sins" sinos tocados na igreja
Sinestesia dentro da alma que sofre e peja
Talvez eu te veja como qualquer transeunte
Na porta da igreja em ruínas fechada

Na sacada calada acabada arruinada
À beira do ridículo execrado
Sou à beira do mais doce verso ocultado
Sou o pejo e o fado, sou dado

Que gira e não para de vinte faces
Sou amor vendido por dois asses
Sou pardal ferido pelo fundibulário
Sou cristão, não uso escapulário

quinta-feira, 3 de julho de 2008

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Deixemos as respostas para depois. Os vínculos se fazem nas perguntas. Nenhuma resposta nos satisfaz. A igreja, a Academia, a Arte e o resto apenas tentam. Sufocamo-nos com a luz dos out doors e resfolegamos a cada crepúsculo. E cada Aurora anuncia um novo mundo. Você se cala e nós nos entregamos nos olhares e nas fugas. As noites fecharam os olhos e minhas mãos pressionam os meus, à procura da fagulha dos seus. Perco-me nas horas da tua ausência, e quando está, é apenas um sol que ilumina, mas que há oito minutos se perdeu no horizonte. Este é o meu silêncio, nas palavras que nunca serão lidas, nas perguntas que nunca serão feitas, nas respostas que nunca serão dadas. Lembrar-me-ei de você como uma árvore plantada na minha infância, arrancada prematura para lenha. Ou como um rosa alheia que apenas planejei roubar...