Concorri com este poema num prêmio de poesia do Sesc tem uns três ou quatro anos. Só sei que se fui classificado, foi depois do trigésimo. Felizmente para nossa quase "satisfação", um dos meus amigos participantes do concurso ganhou o trigésimo. Com isso teve direito a alguns exemplares da publicação. Que inveja! Por esse motivo este poema não virou cinzas, eles, enquanto escolhíamos os poemas, concordaram que "Utopia em construção" merecia participar do concurso. Essa deve ter sido uma das trinta vezes que três pessoas concordaram sobre um de meus poemas.
Utopia em construção
Sou na noite calada(o) quando quero falar
‘Stou no vazio da noite e quero calar
quero mar e versos confusos, sentimentos difusos
nas brumas, efusões, confusões e parafusos
Brasília, merencório sou teu na madrugada
Deixa-me voar em tua noite alada
Silenciosamente choro, só seu céu me vê
Sonho em teus prédios, minha crê
Minh’alma g(j)ê geme leme a oeste
Trezentos e sessenta graus
Você tão bela, sem mar e sem naus
Sem par no tempo espaço, triste como eu
Seu milagre em cinco anos deu(?)!
Feliz cidade para cinco eternidades
Para me matar você valeu!
E para todos os homens de verdade
Que em tuas cidades sofismam
E em tuas catedrais “carismam”
Nas cátedras abismam abissal
A realidade de ser pobre e ser mau
Ou ser negro, pelego, real
Sou autêntico para ti minha cidade
Você que só me fez o mal
Você que diz ser o Brasil emergente de verdade!
Cala, cidade, cala feliz cidade feliz
Lança meu choro em teu entulho
Lança, ninguém me ouvirá, há barulho
Lança por teu orgulho.
Lanço-me num show na Esplanada dos Ministérios
Quero tua noite, quero teus mistérios
‘Stou aqui, cansado de você
sonho em teus prédios, minha alma crê...
Sou na noite calada(o) quando quero falar
‘Stou no vazio da noite e quero calar
quero mar e versos confusos, sentimentos difusos
nas brumas, efusões, confusões e parafusos
Brasília, merencório sou teu na madrugada
Deixa-me voar em tua noite alada
Silenciosamente choro, só seu céu me vê
Sonho em teus prédios, minha crê
Minh’alma g(j)ê geme leme a oeste
Trezentos e sessenta graus
Você tão bela, sem mar e sem naus
Sem par no tempo espaço, triste como eu
Seu milagre em cinco anos deu(?)!
Feliz cidade para cinco eternidades
Para me matar você valeu!
E para todos os homens de verdade
Que em tuas cidades sofismam
E em tuas catedrais “carismam”
Nas cátedras abismam abissal
A realidade de ser pobre e ser mau
Ou ser negro, pelego, real
Sou autêntico para ti minha cidade
Você que só me fez o mal
Você que diz ser o Brasil emergente de verdade!
Cala, cidade, cala feliz cidade feliz
Lança meu choro em teu entulho
Lança, ninguém me ouvirá, há barulho
Lança por teu orgulho.
Lanço-me num show na Esplanada dos Ministérios
Quero tua noite, quero teus mistérios
‘Stou aqui, cansado de você
sonho em teus prédios, minha alma crê...
,14 de outubro de 2003
Um comentário:
P.S.: Não devo ter ganhado nem o trigésimo pelo excesso de parêntesis...
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