domingo, 9 de fevereiro de 2014

Eu queria registar
Cada palavra
Que dizemos
Ou pensamos
E que corre
Nesse rio de sentir.

É tão mais
Virtuoso
Dizer com as mãos
Que fazer com
Os olhos.

É tão mais imponente
Tocar uma aresta
Do tempo e navegar
Ao som do vento
E à luz de velas.

A água doce que
Corre para o mar
Salgado ressurge
Em auroras úmidas
E orvalhos,
A mesma
Água do meu
Suor e das minhas
Lágrimas.

Falando assim
Pode parecer
Que sou triste
Ou confuso.

Mas
É tão mais
Poderoso o céu
Azul sobre
A nuvem negra.

É tão mais
Infantil a
Gota

Na noite
Linda.

Oh, quão mais
Pueril o verso
Solto na folha viva!

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